Reforma Tributária: entenda o que muda e como isso impacta o mercado imobiliário

A Reforma Tributária está prestes a transformar o sistema de impostos no Brasil — e isso também afeta o mercado imobiliário. Se você é proprietário ou inquilino, é importante entender o que muda na prática e como se preparar para essa nova fase.

O que é a Reforma Tributária e por que ela foi criada

O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo. Hoje, são vários impostos cobrados em diferentes etapas — ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI — o que gera burocracia, custos altos e confusão até para empresas experientes.

A Reforma Tributária vem justamente para simplificar esse modelo, substituindo todos esses tributos por apenas dois novos impostos:

• CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – cobrada pelo governo federal.

• IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – cobrado por estados e municípios.

Esses dois formam o modelo IVA (Imposto sobre Valor Agregado), já usado em países como França, Alemanha e Canadá. A proposta é deixar o sistema mais claro, justo e eficiente, reduzindo cobranças duplicadas e facilitando o controle fiscal.

Quando as mudanças começam

A implantação da Reforma Tributária será gradual, entre 2026 e 2033, permitindo que o mercado se adapte com segurança.

• 2026: começa o período de testes, com alíquotas muito baixas (0,9% da CBS e 0,1% do IBS).

• 2027: a CBS passa a valer em definitivo, e o IBS segue em fase de transição.

• De 2029 a 2033: o IBS substitui totalmente ICMS e ISS.

Essa transição longa foi pensada para evitar impactos bruscos e dar tempo para ajustes em contratos, sistemas e rotinas financeiras.

Reforma Tributária e o mercado imobiliário: o que muda para proprietários e inquilinos

As locações de imóveis passam a integrar o novo sistema de tributação. Isso afeta diretamente proprietários (locadores) e inquilinos (locatários) — mas de formas diferentes.

Para os proprietários:

A Reforma cria o conceito de locador habitual. Quem tiver mais de três imóveis alugados ou receber mais de R$ 240 mil por ano em aluguéis passará a ser contribuinte do IBS e da CBS, com obrigações fiscais semelhantes às de uma empresa.

O que isso significa na prática:

• Será necessário emitir nota fiscal e recolher tributos sobre o aluguel.

• Contratos e repasses precisarão ser revisados junto à imobiliária.

• O planejamento tributário se torna essencial para evitar custos desnecessários.

Já os pequenos locadores — com até três imóveis ou valores menores — continuam com o mesmo enquadramento de pessoa física, sem grandes mudanças.

Para os inquilinos:

A principal dúvida é se o aluguel vai aumentar. A resposta é: não necessariamente.

A Reforma Tributária não foi feita para elevar impostos, mas para organizar e simplificar a

forma de cobrança. O preço do aluguel continua sendo definido pelo mercado — fatores como localização, demanda e padrão do imóvel seguem sendo os principais determinantes.

Por outro lado, locadores e imobiliárias que não se planejarem podem acabar repassando custos indevidos. Por isso, é importante contar com uma administração profissional, que garanta transparência e equilíbrio entre as partes.

O papel da imobiliária diante da Reforma Tributária

Mais do que nunca, as imobiliárias passam a atuar como parceiras estratégicas dos proprietários e inquilinos. Elas terão o papel de traduzir as novas regras, orientar sobre enquadramentos e garantir que os contratos e repasses estejam corretos dentro do novo modelo de tributação.

Para o cliente, isso significa segurança, clareza e estabilidade. Imobiliárias preparadas para essa transição saem na frente, fortalecendo a confiança e o relacionamento com seus clientes.

Conclusão

A Reforma Tributária é uma das maiores mudanças econômicas do Brasil e vai impactar o mercado de locações de forma gradual. Com planejamento e informação, proprietários e inquilinos podem atravessar essa fase com tranquilidade e até aproveitar novas oportunidades.

A Imobiliária Inglaterra acompanha de perto todas as atualizações e está preparada para orientar você sobre o que muda nas locações, repasses e contratos.